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Channel: comida rápida – Manual da dona de casa
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Um waffle, um ódio

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Waffle é uma daquelas comidas com as quais eu sempre tive uma relação afetiva. Meus pais ganharam uma máquina de waffle de presente de casamento e quando eu era criança adorava quando eles apareciam no café-da-manhã. Quando fui morar sozinha procurei uma para comprar e nunca encontrei por menos de R$ 300,00, então fui adiando o plano até um dia vi uma em promoção e comprei. Era uma marca desconhecida, algo como “toastmaster“, e sempre me rendeu uns waflles meio ruins, um pouco duros, secos e meio cheios de ar. Nada como os fofinhos e molinhos dos cafés-da-manhã da minha infância, aqueles gostosos que meu pai fazia. Mas segui a vida com ela mesmo, já que o dinheiro já tinha sido gasto.

12 anos depois…

Minha amiga Fê é a pessoa com a melhor alimentação que eu conheço e todo dia posta fotos de comidas incríveis no Instagram dela (@feferreirasantos). A que sempre me chamava atenção era de um waffle natureba cheio de coisas gostosas em cima e um dia pedi a receita a ela. Parecia fácil, só envolvia umas farinhas meio diferentes e água. Uma textura de argamassa que seria passada na máquina de waffle e em uns 5 minutos eu teria pronto um café da manhã saudável, natureba, gostoso e instagramável. Mas não ia óleo e o teflon da minha antiga máquina de waffle não era lá grandes coisas, de modo que tudo ficou grudado como se as duas chapas chapas da máquina fossem tijolos assentados pela argamassa vegana. Aí surgiu uma raivinha por ter desperdiçado ingrediente e ter ficado sem café-da-manhã num dia que já tava um pouco em cima da hora pra sair de casa.

No dia seguinte resolvi que testaria a receita que sempre tinha feito – e que sejamos realistas nunca tinha ficado maravilhosa – na máquina anterior, mas que nunca tinha grudado. Ainda dei uma pinceladinha de óleo pra garantir. Grudou TUDO. Abri a máquina e cada lado da chapa ficou com um tantão de massa grudado que queimou no teflon e ficou cru no meio. waffle

Que puta ódio do caralho! Perdão pelas palavras de baixo calão, mas só falando assim. Fiquei com tanta raiva de desperdiçar comida, ficar com fome e da repetição do erro que joguei tudo no lixo. Máquina e essas lascas de massa meio mal cozidas foram impiedosamente descartadas. Liguei pra Fê e pedi pra ela me falar a marca e o modelo da máquina dela, afinal ainda tinha uma tigela de massa crua na minha geladeira e eu não ia desperdiçar ainda mais comida. Era uma da Philco, vermelhinha com cara retrô. Bem da fofinha. Vi que uma loja perto do escritório vendia a dita e passei lá depois do expediente pra comprar antes que a massa se estragasse lá na minha geladeira.

Minha gente, que baita sucesso estrondoso!!!!

Ficou fofinho, macio, delícia! Fiz uma mescla da receita da Fê com a minha receita original e achei que ficou um sucesso! Uma boa mistura de naturebice com o bom e velho waffle de ingredientes refinados. Pra reproduzir em casa você vai precisar de:

1 xícara de farinha de trigo

1 xícara de leite

1 ovo

1/2 xícara de óleo (canola ou girassol)

1 colher de chá de fermento

1 colher de sopa de chia

1 colher de sopa de psyllium

1 colher de sopa de uma farinha meio gordurosa (côco, amêndoas…)

1 colher de sopa de açúcar refinado (ou mascavo, se preferir).

Uma concha de massa em casa lado da máquina e é só esperar a luzinha verde acender!

 

Mole mole.

 


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